Top Hipster: As 100 Melhores do Kpop de 2021! Parte VI [25-11]

PENÚLTIMO post antes do famigerado Top10, o que será que pode surgir? Houve muitas trocas de último minuto, comigo mexendo nas faixas entre a 6ª e a 15ª posições adoidado kk Decidi fazer que nem o Lunei e colocar uns indicativos nos lançamentos pra destacar que foi o melhor de sua respectiva categoria (a la Melhores do Ano da Globo). Temos Melhor Debut de Grupo, Melhor Debut Solo, Melhor Solista, Melhor KBand, Melhor Boyband, Melhor Girlgroup, Melhor Girl Crush, Melhor Sexy, Melhor Summer Song e Melhor Album Track (também conhecido como A Grande Faixa Hipster do Ano). Deu pra perceber que me empolguei com a ideia né? :v

25. Breathe Again, BLITZERS

Melhor Debut de Grupo

Pensou em bate-lata do NCT? Eu também e fiquei CHOCADO com os vocais estourando (no bom sentido) logo no começo da faixa enquanto uma guitarra tava fritando lá no fundo. Breathe Again é um pop-rock que consegue equilibrar muito bem a line distribution dos vocais e dos rappers numa faixa que impressiona. Eu jurava que este tipo de execução mais hardcore envolvendo boybands, roupas pretas e fogo já tinha saturado, mas a produção desta faixa me deixou de queixo caído. É sério que eles me convenceram nessa pegada sem soar forçado ou só mais uma demo da modinha?!

Tudo aqui cola muito bem, o instrumental está super orgânico e agradável de ouvir, o coro do refrão está harmônico e os breaks de rap do segundo verso não arruinaram a faixa. É o melhor debut de grupo do ANO! NCT, Stray Kids, The Boyz, ATEEZ e qualquer outra boybandzinha hardcore, se preparem, porque o BLITZERS veio pra ACABAR COM A RAÇA DE VOCÊS.

24. Epilogue, IU

Entre expectativas e decepções, Epilogue entrega uma das faixas mais esquisitas que ouvi neste ano. Brincando com metalinguagem, IU fala conosco, perguntando sobre nossa jornada ouvindo seu álbum e agradecendo caso nossa experiência seja positiva. A letra, por si só, tem o seu caráter chocante, mas, a MÚSICA, minha deusa, que criativo. Ela começa com uma melodia bem comum de faixas mais “ambiente”, como música de elevador ou de restaurante, com o violão e o piano aumentando o caráter íntimo da letra. E aí, sem qualquer aviso, o pós-refrão traz uma espécie de voz processada que lembra canto lírico do começo do século XX (como as músicas que a Branca de Neve canta), murmurando sílabas incompreensíveis. É um pós-refrão forte, criativo, que dá a faixa um caráter único e diferente. É este tipo de ousadia e criativo que eu espero de um nome tão consolidado e de caráter artístico como a IU! (e, pelo jeito, que ela vai fazer cada vez menos com o passar do tempo :v).

23. 0x1=Lovesong (I Know I Love You), TXT feat. Seori

TXT zerou o ano com sua melhor leva de singles até agora. I Know I Love You é um pop punk catártico com influências de country-pop. A faixa promove uma interpretação mais crua dos integrantes (apesar de sabermos que é tudo milimetricamente planejado), com eles se jogando no chão, segurando microfones, gesticulando bastante e por aí vai. A voz deles vai de melancólica a rasgada conforme os versos vão ganhando velocidade e mais elementos até explodirem no refrão com o violãozinho e a voz da Seori no fundo. E não soa forçado. É como se os cinco fossem adolescentes perdidos em meio a uma narrativa pseudo-cult… E esta é uma vibe que eu estou pronto pra mergulhar a qualquer momento xD

22. Take Me Home, ATEEZ

Take Me Home é uma viagem retrô, cheia de atmosfera e diferentes camadas de vocais e sintetizadores conforme sua duração corre. A faixa lembra uma viagem espacial de um gibi ruim dos anos oitenta que adolescentes de hoje devem aclamar. A cada repetição do refrão (“somebody take me home”-> alguém me leve pra casa), é como se os acompanhássemos em sua jornada interestelar para chegar ao local prometido. E, mesmo depois de você se acostumar com as explosões atmosféricas de synthpop IN YOUR FACE, eles entregam uma outro moldada em saxofone. SAXOFONE!!! xD A impressão é que a faixa termina partindo de nossos ouvidos como uma nave decolando do porto especial. É como se fosse uma ending cult de Cowboy Bebop ou de Galaxy Express 999. Nunca esperaria algo assim do ATEEZ.

21. First Time, TWICE

Demorou para o EP do Twice funcionar comigo, mas quando funcionou, eu NÃO CONSEGUIA parar de escutar! First Time, de longe, foi minha album track preferida. A forma como os vocais são muito bem construídos sobre um instrumental leve e mínimo é ótima. Este, por sua vez, é composto praticamente de sons de instrumental, parecendo algo que eu ouviria num concerto na praia ou coisa do tipo. Twice está cantando muito bem nestes últimos lançamentos e First Time é uma prova do quanto elas evoluíram vocalmente.

20. Ride, Rocket Punch

Rocket Punch foi outro grupo que se rendeu a Take On me do Aha na estrutura do seu single, mas, em meio àquele single album, uma gema preciosa e original se escondia. Ride é uma versão aegyo espivetada da moda retrô oitentista, onde os timbres super agudos do grupo não ficam cansativos (algo admirável pro Rocket Punch, sério). A estrutura da faixa é muito empolgante, brincando com seus elementos (e tons diferentes nas vozes da integrante) até chegar no ótimo refrão, recheado de palavras, que realmente traz a sensação de que elas estão andando de carro numa avenida (“ride”). E esta ponte dos sininhos, então? Deveria ter sido single.

19. What The Flower, Sunmi

BAM! Vocês acharam mesmo que eu só ia queimar a Sunmi lá no começo e esquecer dela?

Por mais que eu ache que ela tá sempre batendo na mesma tecla, quando existe uma tentativa de mudança, a gente aclama kk Em What The Flower, com uma melodia que parece uma banda moderninha tentando emular as bandas psicodélicas dos anos 80 (os instrumentos no fundo me lembraram muito a vibe ampla, quase de música ao vivo, da versão original de Fairy of Shampoo, de 1988), Sunmi fala sobre como somos bonitos, mesmo sem precisar sorrir, mesmo quando perdemos o controle de nossas próprias emoções. O que fica, inclusive, evidenciado ao final da música, com a produção e a própria interpretação vocal da Sunmi perdendo um pouco da “polidez” que permeia qualquer gravação capopeira. Este tipo de caráter “menos refinado” combina muito bem com a persona artística dela… Só espero que ela tente apostar em coisas assim com mais frequência, porque a depender dos últimos singles… x_x’

18. XOXO, HyunA & Dawn

HyunA me decepcionou um pouco este ano, lançando vários clipes, mas ficando com poucas músicas memoráveis no final do dia. Por sorte, ela lançou este funky pop debochado junto o Dawn, conseguindo seu lugarzinho no Top20. XOXO me lembra uma faixa do Bruno Mars, mas toda maluca e desconstruída, com eles falando em partes que poderiam ser cantadas, uma progressão não tão óbvia e um título que repete bem pouco no refrão. É um ótimo direcionamento sonoro e interpretativo para o casal 20 do k-pop e evidencia tanto o lado sexy deles, como todo o caráter cômico que eles conseguem transbordar quando performam coisas juntos.

17. Kiss Kiss, SHINee

Do excelente álbum que o SHINee desovou este ano, a música que mais escutei foi Kiss Kiss. Qualquer música poderia ocupar esta posição (e o próprio Top poderia estar recheado de faixas deles), mas dada a vibe similar, decidi só escolher minha preferida do álbum e colocar bem alto no ranking. Tudo na faixa funciona como o dance-pop retrô que o SHINee sempre entregou, só que um pouquinho mais modernizado para a quarta geração: os harmônicos fininhos hipnotizantes, as influências em dance-pop oitentista, o caráter mais privado da letra conforme eles vão se aproximando para te beijar… Apesar de não ser super memorável por si só, é super divertido de dançar e cantar junto.

16. LUNA, ONEUS

Luna é impressionante. Quase ao ponto de conseguir um lugar no top 10 mesmo tendo sido lançada há mais ou menos um mês (na real, eu só não pus porque preferi colocar uma faixa que me impactou mais). A inspiração em música tradicional coreana está on point e a letra poética que parece OST de wuxia também, mas quando entra o refrão explodindo sintetizadores, o single fica emocionante. Então ele resolve não parar de te surpreender e apresenta uma entrega diferente em cada refrão, aumento o replay factor NAS ALTURAS! Ele trás uma mistura de beleza, empolgação e tradição que me lembrou muito Senbonzakura, uma das músicas de vocaloid que mais me apaixonei na adolescência, e este foi um sentimento que eu dificilmente achei que teria novamente, ainda mais ouvindo kpop…

15. from20, from20

Melhor Debut Solo

Só pelo quanto ele está bonitão e carismático na thumbnail, da pra ver que from20 não veio para brincadeira. Sendo pioneiro dentro de seu próprio cenário, o ex-líder do BIGSTAR trouxe um número nostálgico de pop rock dos anos noventa (sim, foi ANTES do TXT) questionando sobre seu futuro, seu lugar no mundo e o que deveria fazer agora que está na casa dos 20 anos. A faixa é como uma carta do e para o passado do próprio carinha (o nome dele é Raehwan, a propósito), que hoje tem 29 anos e aconselha o seu eu do passado para não se entristecer nem chorar, porque esta fase de incertezas vai passar com o amadurecimento e tudo vai dar certo. A letra me emocionou, o ritmo me contagiou e xonei no carinha… O que mais poderia esperar de um debut?

(Pensando agora parece até que tô falando do primeiro lugar, né kk)

14. S.A.D (Social Anxiety Disorder), The Volunteers

Teoricamente, S.A.D é um lançamento de 2018. Mas ele só veio a meu conhecimento (e ao dos streamings também, aparentemente) como album track do álbum de debut da banda, então passarei como um lançamento de agora, pois o The Volunteers mal existia antes de 2021.

Enfim, eu queria escolher representantes dos melhores álbuns do ano para o Top 100 e percebi o quanto era difícil (o do from20 e o The Volunteers dá vontade de colocar umas cinco, sinceramente), mas pensei nas músicas que mais conversaram comigo e, sem dúvidas, S.A.D foi uma das faixas do The Volunteers que mais cantei no chuveiro este ano. A letra e o garage rock parece só mais sua música de término padrão… até você ver o acrônimo do título e ficar MANO… É sobre ansiedade!! e é genial. Muitas bandas tentam capturar esta sensação de desespero, raiva, tristeza e cinismo que permeiam a ansiedade e poucos conseguem retratar tão bem quanto o The Volunteers aqui. É escutar, ver a letra e só sentir.

13. Shoot!, POP!CORN (Girls Planet 999)

Melhor aegyo

Falando em sentir, considerando a grande bomba que foi o Girls Planet (que promete ser ainda pior com o debut do Kep1er), houveram momentos no programa que realmente me fizeram acreditar que a Mnet não ia cair no girl crush genérico do BlackPink/aespa/ITZY e quase me fizeram chorar.

Sim, eu derramei umas lágrimas escutando Shoot!… Toda a narrativa das fofinhas se juntando com a Yujin arriscando seu primeiro main vocal em sete anos de carreira, mais o clima super alto astral digno dos melhores aegyos energéticos do k-pop me trouxe muitos sentimentos. Uma chuva de esperança que era muito necessária em mais um ano de COVID e quarentena. Eu fico puto com o girl crush dominando tudo (e decepcionado com as pessoas menosprezando o aegyo) porque números como este conseguem nos confortar e nos dar energia pra continuar seguindo nossos sonhos nessa realidade desesperadora. Shoot! é ótimo exemplo disto.

12. Red Lipstick, Lee Hi (feat. Yoonmirae)

Lee Hi saiu da YG e começou a amadurecer a sua imagem em seus próprios termos, evocando o funky R&B dos anos 2000 (com direito a feat de rapper e tudo) junto da modinha disco. A mulher tá sexy, mas de uma forma elegante, segura de si e muito hipster (o número de gente que faz cameo neste clipe…). Red Lipstick me lembra da melhor fase da Namie Amuro no melhor dos sentidos, com o lançamento escorrendo carisma, liberdade criativa, bons vocais… Eu já amava a Lee Hi, mas agora eu digo que ela tem tudo pra virar uma das mais lendárias solistas do kpop atual.

11. Dimples, Woosung (The Rose)

Depois de muita treta envolvendo processos contra a gravadora, houve um acordo entre o The Rose e a agência, que acalmou a situação, com ninguém mais sendo boicotado e a banda saindo do agenciamento pra novos rumos. Enquanto os membros estão no exército, o vocalista trabalha sua carreira solo (que é bem diferente do som da banda, o que já é louvável, FACE é adorável) e mostrou pros carinhas do DAY6 como se faz algo que realmente SOE como algo solo e separado do grupo.

Dimples é mais uma investida oitentista no k-pop e, felizmente, Woosung consegue entregar MUITO BEM aqui. Fugindo de Take on Me do A-ha e com um crescendo delicioso de vocais agudos no refrão, ele conseguiu entrar uma faixa tão gostosinha, mas TÃO gostosinha, que conseguiu ser mais impactante que um monte de gente mais hypada que também apostou nos anos oitenta este ano (cof cof Sunmi cof cof). O instrumental disto aqui é tão rico, a interpretação dele é tão cheia de personalidade, a roupa que ele tá usando é tão boiola… Sério, como não amar?

O que achou das colocações? Considerando o que escrevi no blog teve alguma surpresa? kk O que achou das premiações? Ainda faltam Melhor Solista, Melhor KBand, Melhor Boyband, Melhor Girlgroup, Melhor Girl Crush, Melhor Sexy, Melhor Summer Song e Melhor Album Track que figuraram no Top10. Quais suas apostas para as colocações e para os prêmios?

Coloca aí nos comentários quem você acha que vai aparecer nos próximos posts do Top Hipster e me fala as músicas que você mais curtiu deste ano também xD

Este é um de uma série de posts comemorativos de final de ano, ranqueando tudo de bom e de ruim que teve em 2021 kk Se quiser, dá uma olhada nos outros posts de final de ano: As Ruins | Álbuns | BLs | Músicas [100-86] [85-71] [70-56] [55-41] [40-26] [1-10]

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